ilha de mocambique-beira
fui de chapa ateh ah rotunda perto do aeroporto de nampula. de mochila ahs costas da rotunda ao aeroporto.
cheguei ahs 8 ao aeroporto de nampula. estah tudo muito calmo. pelas oito e meia comecam a chegar mais pessoas. com elas vem a carmen, uma rapariga de 20 anos que vive na rua dos sem medo e a mulher mais bonita e sorridente que vi ateh agora.
eu timidamente tentei tirar lhe uma foto para recordar o sorriso. vim cah para fora fumar um cigarro e ela veio me perguntar se havia algum problema, se eu jah nao ia viajar de aviao. disse lhe que soh estava ali porque nao devia fumar dentro da sala. ela voltou para dentro. quando regressei e me sentei, perguntou me se eu vivia na ilha de mocambique, de onde eu antes lhe tinha dito que vinha. nao. vivo em portugal. pediu o meu numero de telefone. troquei com ela morada. para mandar foto. dei lhe o meu numero num postal do kruger park. ela estah no 12º ano e quer ir estudar para a faculdade de direito. a mae dela disse me que tinhamos o mesmo sangue (porque nascemos na mesma terra) e por isso nos tinhamos dado logo ah primeira. o pai disse me que eu era 100% mocambicana :)
levantei voo e bem, no aviao conheci a ngaina, uma rapariga muito viajada, filha de um trabalhador da lam que quer ir estudar medicina para lisboa. explicou me aonde era mais nice sair ah noite em maputo. cheguei ah beira. o transporte do hotel mocambicano leva me para o centro. o sr. amir explica me aonde fica o edificio emporio e a forca aerea.
os arredores da cidade sao lindos, muito arroz, com campos verdes e muitas palmeiras. a chegada ah cidade traz me o que eh jah costume: predios muito degradados, porque o natural seria casas makuti, e nao em betao. alem do mais, com a falta de dinheiro para viver, como gastar dinheiro a recuperar casas?
o hotel eh um sitio surreal, do pior que ha, tendo em conta que para o nivel de vida deles vou pagar uma fortuna (48$), casa de banho com azulejos rosa anos 80 e alcatifa azul e cinzenta, ocasionalmente queimada por cigarros mal apagados. sem mosquiteiros (montei o meu em jeito macgyver), mas claro, com tv philips. 12º andar. o elevador parece de um predio abandonado.
dormi a sesta e tomei um belo banho e sai ateh ah praca do municipio onde apanhei um chapa ateh ao restaurante miramar onde provei uma matapa de mandioca....bem, uma coisa verde horrivel.....
nesta zona do miramar ah muitas vivendas do tempo colonial lindas. anos 50.
os miudos brincam na praia, os namorados passeiam. eh domingo na beira.
volto de chapa para o centro. na pastelaria riviera (tudo muito kitch e rosa) vejo todos os bolos que poderia encontrar numa pastelaria portuguesa e mais uma tarte de maça e passas divinal.
passei pelo quarteirao ah volta e fui ateh ao hotel infante, aonde um grupo de portugueses que jah devem ter vivido aqui na beira no passado falam de segurança em sair do hotel. vou ah tdm ver a net e lah encontro 2 portugueses da associaçao leigos para o desenvolvimento que me dao boleia para o hotel. a ponte que liga o centro ao meu hotel eh pelos vistos um local muito concorrido para assaltos e por isso resolvi tomar esta precaucao. para jantar, arranjei um "guarda costa": o augusto, que me levou ao restaurante pic-nic e de volta.
quanto ao restaurante, mais um filme: recebem me de papillon. o restaurante tem cerca de 10 empregados. no principio ouve se country. a sala estah iluminada a meia luz e para o fim ouve se sempre elvis. comida divinal.
todos estranham uma mulher sozinha a jantar eh claro, mas todos sao muito simpaticos e conversadores.
jah no hotel, liguei ao leonardo a agradecer o jantar do dia anterior que ele nem comeu por estar muito transtornado com as febres de malaria e ainda hoje me emociono quando me lembro da sua voz: "liliana, manda livros e dicionarios, que eh o que a gente mais tem falta". ha pessoas tao boas tao longe da gente... outros problemas, outras preocupacoes.
cheguei ahs 8 ao aeroporto de nampula. estah tudo muito calmo. pelas oito e meia comecam a chegar mais pessoas. com elas vem a carmen, uma rapariga de 20 anos que vive na rua dos sem medo e a mulher mais bonita e sorridente que vi ateh agora.
eu timidamente tentei tirar lhe uma foto para recordar o sorriso. vim cah para fora fumar um cigarro e ela veio me perguntar se havia algum problema, se eu jah nao ia viajar de aviao. disse lhe que soh estava ali porque nao devia fumar dentro da sala. ela voltou para dentro. quando regressei e me sentei, perguntou me se eu vivia na ilha de mocambique, de onde eu antes lhe tinha dito que vinha. nao. vivo em portugal. pediu o meu numero de telefone. troquei com ela morada. para mandar foto. dei lhe o meu numero num postal do kruger park. ela estah no 12º ano e quer ir estudar para a faculdade de direito. a mae dela disse me que tinhamos o mesmo sangue (porque nascemos na mesma terra) e por isso nos tinhamos dado logo ah primeira. o pai disse me que eu era 100% mocambicana :)
levantei voo e bem, no aviao conheci a ngaina, uma rapariga muito viajada, filha de um trabalhador da lam que quer ir estudar medicina para lisboa. explicou me aonde era mais nice sair ah noite em maputo. cheguei ah beira. o transporte do hotel mocambicano leva me para o centro. o sr. amir explica me aonde fica o edificio emporio e a forca aerea.
os arredores da cidade sao lindos, muito arroz, com campos verdes e muitas palmeiras. a chegada ah cidade traz me o que eh jah costume: predios muito degradados, porque o natural seria casas makuti, e nao em betao. alem do mais, com a falta de dinheiro para viver, como gastar dinheiro a recuperar casas?
o hotel eh um sitio surreal, do pior que ha, tendo em conta que para o nivel de vida deles vou pagar uma fortuna (48$), casa de banho com azulejos rosa anos 80 e alcatifa azul e cinzenta, ocasionalmente queimada por cigarros mal apagados. sem mosquiteiros (montei o meu em jeito macgyver), mas claro, com tv philips. 12º andar. o elevador parece de um predio abandonado.
dormi a sesta e tomei um belo banho e sai ateh ah praca do municipio onde apanhei um chapa ateh ao restaurante miramar onde provei uma matapa de mandioca....bem, uma coisa verde horrivel.....
nesta zona do miramar ah muitas vivendas do tempo colonial lindas. anos 50.
os miudos brincam na praia, os namorados passeiam. eh domingo na beira.
volto de chapa para o centro. na pastelaria riviera (tudo muito kitch e rosa) vejo todos os bolos que poderia encontrar numa pastelaria portuguesa e mais uma tarte de maça e passas divinal.
passei pelo quarteirao ah volta e fui ateh ao hotel infante, aonde um grupo de portugueses que jah devem ter vivido aqui na beira no passado falam de segurança em sair do hotel. vou ah tdm ver a net e lah encontro 2 portugueses da associaçao leigos para o desenvolvimento que me dao boleia para o hotel. a ponte que liga o centro ao meu hotel eh pelos vistos um local muito concorrido para assaltos e por isso resolvi tomar esta precaucao. para jantar, arranjei um "guarda costa": o augusto, que me levou ao restaurante pic-nic e de volta.
quanto ao restaurante, mais um filme: recebem me de papillon. o restaurante tem cerca de 10 empregados. no principio ouve se country. a sala estah iluminada a meia luz e para o fim ouve se sempre elvis. comida divinal.
todos estranham uma mulher sozinha a jantar eh claro, mas todos sao muito simpaticos e conversadores.
jah no hotel, liguei ao leonardo a agradecer o jantar do dia anterior que ele nem comeu por estar muito transtornado com as febres de malaria e ainda hoje me emociono quando me lembro da sua voz: "liliana, manda livros e dicionarios, que eh o que a gente mais tem falta". ha pessoas tao boas tao longe da gente... outros problemas, outras preocupacoes.
posted by mozamli at 10:46 PM
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