Monday, April 18, 2005

beira

acordei por mim ahs 8 e 20. desci para o pequeno almoco. de volta ao pequeno almoco refeicao... :)
o sr. amir ajudou me a encontrar forma de ir para vilankulos, eh o sr. respeito que trabalha aqui no hotel, cuja mulher eh de lah, que vai comigo comprar o bilhete. amir levou me de boleia ateh ao farol no makuti aonde existia no passado outro hotel do dono do mocambicano, primeiro squotizado, agora completamente abandonado.

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apanhei um chapa de volta ao centro, que cheirava tanto a peixe, que ainda tenho o cheiro comigo agora que escrevo. deixaram me perto da ponte mitica... atravessei a sem problemas. vim ao internet point da teledata que estah a abarrotar de divulgadores da palavra de cristo dos ultimos dias. antes passei em frente ah prisao. os presos dizem olah com os bracos entre as grades.


estou no cafeh riviera. um guarda de camisa laranja guarda a esplanada atentamente.ice tea com sabor a detergente de lavar loica. meus deus. estou a comecar a gostar de coca cola...

os indianos. parecem ser os unicos que nao abandonaram o pais. sao os mais ricos tambem, porque podem jantar em sitios como o pic-nic. os outros estrangeiros que se veem por aqui sao europeus e chineses, que se embebedam ao domingo para esquecer aonde estao, que estarao aqui de passagem, para explorar este pais e nada mais.

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fiz com o augusto as visitas ah cidade: igreja do makuti,

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estacao do caminho de ferro,

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moulin rouge, grande hotel (a favela no hotel de luxo),

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hospital (onde nasci), maternidade (onde nasceu o augusto) e clube nautico. o carro do augusto por vezes soh pega em segunda...


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jantei outra vez no pic nic.

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desta vez, o sr. mario belo, o gerente, fez me companhia o jantar todo. ele foi criado por um casal de portugueses. o pai adoptivo era engenheiro ligado ao regime de salazar. quando houve o golpe de estado (o nosso, do 25 de abril), o casal foi para portugal e a mae do sr. mario nao o deixou ir com a familia com quem jah vivia ah quase 8 anos.

assim ficou soh com a 11ยช. com o tempo acabou por arranjar trabalho, familia e uma falta e saudade daquela familia como se fosse sua... falamos do futuro de mocambique e de como o turismo podia ajudar muito. na opiniao dele depois da independencia instalou se um clima de deixa andar e depois a guerra tratou do resto. espera que os partidos percebam que soh ha lugar para as guerras politicas, que as outras soh prejudicam as pessoas e nao levam a lado nenhum...
a beira ganha no concurso das cidades mais destruidas, diz ele.

e verdade que a cidade parece ter sido um sitio maravilhoso para viver. ha qualquer coisa de injusto nisto, de antinatural. ha tantos predios em jeito de okupacao que algo me diz que o que nao eh natural eh termos construido tanta coisa por aqui. assim nao seriam tantos os edificios em degradacao, haveria concerteza menos cidade fantasma e mais makutis e palmeiras e nao tanto betao. tudo isto cresceu de forma desproporcionada para os parametros das pessoas que realmente pertencem a este pais.
alias isso ve se em sitios como este aonde estou, o pic nic: tudo eh estranho, os papillons, a musica, as mordomias, nada disto tem a ver com a cultura que aqui se vive, todas as relacoes sao mais espontaneas do que isso. para mim, fora o regresso curioso aos anos 70, nada disto faz para mim sentido tambem...

quase me esquecia de contar: o augusto levou me ao restaurante de acelera. quando ele apareceu ah porta do hotel, ainda pensei duas ou tres vezes, mas depois, oh que se lixe! sentir o vento na cara fez me bem e andar de mota como se jah conhecesse bem a cidade. como de quem mora aqui. cheguei e dormi logo, porque amanha tinha um longo dia pela frente.


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